quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Animal tem Alma?

 



A verdade no ensinamento da Doutrina Católica

Animal tem Alma?

Conhecemos três tipos de Substâncias Espirituais:

1º- O próprio Deus - Que é espírito infinitamente perfeito.
2º- Anjos
3º- Alma humana.



Nos três casos há uma inteligencia que não depende de nenhuma substancia física para atuar.

É verdade que nesta vida nossa alma está unida ao corpo, mas não é uma dependencia absoluta e permanente. Qdo se separa do corpo pela morte, a alma continua a atuar, conhecer, querer e a amar, até mais livre que nesta vida mortal.

O anjo é espírito, mas não tem alma (noutros termos, é puro espírito); A planta e o animal têm alma, mas não espírito, pois sua alma não é espiritual, mas mortal; O homem tem uma alma que é espíritual, i.e, uma alma que é também espírito.
Alma é o princípio vital de todo ser vivo. 

Daí dizermos quem um desenho, por exemplo, é "animado" (do latim, "anima"), quando ele "se move". 

Todo ser vivo tem alma.

Isto está bem desenvolvido em Santo Tomás, na Suma.

A célula só se reproduz por causa da alma lá presente. 
Daí dizermos que Deus infunde a alma no momento da concepção. 
Se não assim não fosse, não poderia haver multiplicação celular.
Temos de remover de nossa mente a idéia de uma alma como se fosse um "fantasminha", uma "alma penada" vagando por aí e igual ao corpo, totalmente estranha à mentalidade católica. 
Já o termo "espírito" é mais uma qualidade, o oposto de "matéria". Assim, o corpo é material, e a alma, no homem, é espiritual.
A alma é a forma do corpo, e este a matéria informada por aquela. O corpo sem a alma é morto.

Chamamos "forma" o que dá coerência a determinada matéria. 

Assim, um cachorro e um ser humano tem a mesma matéria (corpo, carne, ossos etc). O que os torna diferentes é justamente a forma, que no caso é a alma. O cachorro só é cachorro porque uma dada matéria foi informada com alma de cachorro.

Já a bananeira, além de ter uma matéria diferente da do cachorro e do ser humano, tem uma alma diferente, uma forma diferente.
O homem, ao contrário do cachorro e da bananeira, tem uma alma espiritual.

Desse modo, alma e espírito, no cachorro e na bananeira, são termos distintos: eles têm alma, mas não espírito.
No homem, todavia, alma e espírito são quase sinônimos, pois sua alma é espiritual.

Nisso, por ser espiritual, a alma humana é intelectual, transcendental e imortal.

A alma do cachorro e da bananeira não. 

Por isso, quando a alma do cachorro e da bananeira se separam do corpo, ocorrendo a morte, há tb a morte da própria alma deles. 

A alma dos seres vivos infra-humanos acaba com a morte. No homem são substancialmente unidas a alma e o corpo, de modo que na Ressurreição a alma será reunida ao corpo, à semelhança de Nosso SENHOR.

É difícil entender isto, quando não se conhece os dons herdados pelo homem, puro dom de Deus.
O homem foi elevado por Deus a um ser sobrenatural, herdando dEle, dons preternaturais (A ciência infusa, o domínio da paixões e a imortalidade do corpo) - todos estes privilégios foram dados para que este homem ficasse apto a receber o maior dom: a graça santificante que é a própria vida de Deus nele, que moveria ao homem nesta vida para que ele, pela luz da glória, pudesse viver eternamente com Deus.

Este homem terminaria aqui seus dias e entraria em posse do amor, viveria com Ele. Sua alma e seu corpo não se separariam, já que esta separação aconteceu justamente porque pecaram contra o Senhor( coisa difícil de entender, já que eram quase que perfeitos, pelos dons herdados) e ao pecar perderam todas as regalias, e ficaram então sujeitos a morte que conhecemos..onde a alma se separa do corpo ( tendo como destino: céu, purgatório e inferno) e na ressurreição final, se unirão novamente para gozar da presença de Deus ou não, confirme foi sua vida aqui.

Para os restituir estes dons perdidos e nos reconciliar com Deus, para termos condições de vivermos eternamente, veio Cristo, que se encarnou, e pelos méritos de sua cruz, conquistou pra humanidade a redenção e as distribuindo pelos sacramentos, que Ele deixou de posso de sua Igreja, para os dispensa-los aos homens.

Baseado nisso, é fácil entender porque os animais não vão ao céu. Cristo não morreu por eles, já que estes servem ao homem, criados a imagem e semelhança do Senhor.

É estranho dizer que a alma dos animais não lhes dá a capacidade de ter sentimentos. Até onde eu observo, os animais sentem e expressam sentimentos (alegria, tristeza, raiva, euforia, preguiça, e mesmo vergonha ou dissimulação). A diferença é que estes sentimentos não lhes têm peso moral algum; não são capazes de transformar essas emoções, digamos, instintivas, em virtude, pois que não são capazes de discernir entre o bem e o mal. Ficariam, pois, fechados aos próprios sentimentos, sem qualquer implicação transcendente.

Tanquerey em sua pag. 75, nos diz que o animal conhece os objetos sensíveis, tende para eles pelo apetite sensitivo com suas emoções, e move-se com movimento espontâneo. São seres vivos, mas não intelectuais, que podem conhecer a verdade e nem podem usar da vontade para aderir para o bem racional.

Usam sim, o instinto, um cachorro pede leite, ia pra perto da geladeira e o dono já sabia.

Se entendes por sentimento um estado, então não tem, por que a capacidade de conceituar é inerente ao intelecto humano e um estado é um conceito formulado a partir da associação entre a experiência, a vontade e a consciência.

Pai, mãe, filho, são palavras que podem variar de acordo com o idioma, mas conceitos universais que o homem pode identificar e, por isso, é capaz de compreender e se comunicar. 

Bicho sente, mas não tem estado. Suas reações são instintivas, pois não formula conceitos, nem é capaz de identificar situações anôma-las ou similares baseados neles.

O próprio "sentimento" é um conceito. Bicho não sente nesse aspecto porque não pode definir ou compreender o que é sentimento. Quem define é o homem e se define que bicho sente é por causa do sentido que só o ser humano viu.

A imortalidade é atributo ordinário da alma intelectiva, por ser de natureza espiritual.

Uma vez, pois, que em nossos dias (com dor o confessamos) o semeador do joio, o antigo inimigo do gênero humano, ousou semear e fazer crescer no campo do Senhor alguns perniciosíssimos erros, que pelos fiéis sempre foram repudiados, principalmente a respeito da natureza da alma racional, isto é, que ela seja mortal ou que seja única em todos os homens; e [até] alguns, falando temerariamente como filósofos afirmam que isto é verdade, pelo menos segundo a filosofia: querendo, portanto, usar os remédios adequados contra este mal, com aprovação deste sagrado Concílio, condenamos e reprovamos aqueles que afirmam que a alma intelectual é mortal ou que é uma só em todos os homens, e também aqueles que põe em dúvida essas verdades, pois a alma humana não só é, verdadeiramente, por si e essencialmente, a forma do corpo humano, mas também é imortal e, além disso, multiplicável, acha-se multiplicada e deve ser individualmente multiplicada na multidão de corpos nos quais é infundida. E como a verdade de modo algum pode estar em contradição com a verdade, definimos como absolutamente falsa toda afirmação contrária à verdade iluminada da Fé; e com todo o rigor proibimos que de outro modo seja ensinado o dogma; e decretamos que devem ser evitados e castigados, como destestáveis e abomináveis hereges e infiéis que procuram arruinar a Fé católica todos que aderirem a tais afirmações errôneas
(Apostolici Regimminis, Leão X, Concílio de Latrão V)

A alma humana, como todas as substâncias criadas, é contingente; necessita que Deus a conserve com Seu influxo criador.

Na verdade, a alma humana está sujeita ao aniquilamento por Deus, e só por Deus. Deus não aniquila o que criou, por isso dizemos que é imortal, porque, não sendo material, não está sujeita a evoluir para uma outra substância, como os seres materiais.

Alma vem do latim anima E a raiz semântica é a mesma utilizada para o reino animal. Sendo assim, podemos dizer que "alma" no seu sentido mais primitivo, representa a propriadade de um ser de se movimentar por si só, como nós costumamos dizer, seres animados e inanimados, bem como as animações, que significam uma sucessão de imagens em movimento.

Logo, alma seria a faculdade de movimentar-se. Como foi dito por alguém aqui, um robô até pode ter, nesse sentido, alma, mas uma alma artificial, pois seu movimento, embora autônomo, não provém de uma vontade, mas de uma programação predeterminada. Podemos dizer que no caso dos bichos, o seu movimento se dá pela sua vontade, mas uma vontade instintiva e não intelectiva.
A pergunta é se podemos utilizar este sentido de "alma" em todos os casos. Teologicamente falando, não me parece que "alma" signifique isso. Mas também não me parece que alma e espírito são sinônimos. Qual a diferença, afinal, teologicamente falando, entre alma e espírito?

É um consenso dos filósofos (pois o assunto "alma" é pertinente à Filosofia) que Deus infunde a alma intelectiva (não existente em potência na semente humana) toda vez que a matéria está disposta a recebê-la.

Assim diz o nosso Papa em discurso sobre o fundamento antropológico da família:
Deste laço fundamental entre Deus e o homem se deriva outro: o laço indissolúvel entre espírito e corpo: o homem é, de fato, alma que se expressa no corpo e corpo que é vivificado por um espírito imortal. Também o corpo do homem e da mulher tem, portanto, por assim dizer, um caráter teológico, não é simplesmente corpo, e o que é biológico no homem não é só biológico, mas expressão e cumprimento de nossa humanidade.

Essas palavras do nosso querido Bento XVI já dá um xeque-mate nos argumentos que teimam em dizer que um corpo criado de uma forma não-natural não tenham alma e espírito.

Para se haver corpo, é necessário a alma, é uma fator que não tem como desvincular uma da outra, e a afirmação que a alma é criada antes do concepção é nula, tendo em visto que a doutrina da pré-existencia da alma é condenada pela Igreja.

Referências:

TRESE, Leo: A Fé Explicada, pg 48

OTTO, Ludwig: Manual de Teologia Dogmática, pg  144

TANQUEREY, Adolph: A vida espiritual explicada e comentada, pg 78

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Beata Chiara Luce \o/

Os pais esperam ...


Sassello, uma aldeia situada na Ligúria, na província de Savona, pertencente à diocese de Acqui (Piemonte), tem uma variedade da natureza: cenário pitoresco, estradas fantásticas, as auroras magia e noites perfumadas. Nesta atmosfera de paz, na década de 60, Maria Tereza e Ruggero Badano esperar um dom de Deus: um filho.
 
O que esperararon por 11 longos anos. Ruggero invocado com a graça de uma fé sincera e humilde ao Santuário de Nossa Senhora das rochas perto Ovada (AL).



Em 29 de outubro de 1971, finalmente, vem o raio de sol que vai aquecer os corações desses pais: nascido Chiara (Clara) serão cometidos sob a proteção da Virgem Maria.

 

Apenas uma menina ...

Chiara (Clara), em nome e na verdade, com olhos grandes e profundos, com sorriso doce e comunicativo, inteligente e disponível. Vem para a escola matriculou no jardim de infância na aldeia, porque, sendo apenas uma criança, confraternizar com outras crianças e não se sentir o centro das atenções em sua casa. Educação por meio do evangelho mãe a amar a Jesus e à Virgem, a ser generoso para com os fracos, para defender a verdade ea justiça. Para nada egoísta ou caprichosa, é considerado pelos Irmãs Escolares "o espírito dos encontros bonitas e alegres da creche."


Ela gostaria que todas as crianças do mundo para ser feliz: ". Eu sonho com o dia em que os filhos de escravos e os filhos de seus patronos para se sentar junto à mesa da fraternidade como Jesus e os apóstolos"
Escolha os brinquedos mais novos e mais bonito para crianças pobres. Guardar em uma caixa as moedas que oferecem e os envia crianças africanas amá-los de uma maneira especial e sonhos para um dia curá-los
como médico.




Chiara (Clara) é uma garota e tudo, mas algo mais: ela sabe amar.

É dócil à graça e ao plano de Deus para sua vida. Em suas anotações primária pode ver a alegria e emoção de descobrir a vida: é uma menina feliz.

O dia de sua primeira comunhão dom recebido como a Bíblia. Para ele será um "grande livro" e "mensagens especiais". Aos 9 anos descobrir o Movimento dos Focolares, fundado por Chiara Lubich. O movimento ideal torna-se seu e envolve também os pais para se tornar parte deste caminho.




Amor ao próximo ...

Ela cresce e se manifesta ricos presentes, sem busca de atenção. Primeiro, escolha o seu alvo amor da vida de Jesus. Aos 14 anos, afirma: "Eu encontrei o Evangelho em uma nova luz: como eu encontrá-lo fácil de aprender o alfabeto, por isso tem de ser fácil de viver o Evangelho."




É sempre calma e alegre. Incentivado pelo amor para os fracos, os esquecidos, o menos apreciado (se quisermos chamar os deficientes mentais, os sem-teto, viciados em drogas), a cerca de iguarias e atenção, porque eles vêem o rosto de Jesus.


Chiara vive com sua plenitude adolescente. Para agradar a Jesus usa limpo e arrumado, sem nenhum esforço ou obrigação ", porque o que conta é ser bonita por dentro."

  


Um dia sua mãe disse, referindo-se ao jovem caído por causa da dependência de drogas ... "Você não pode julgá-los: são os pobres hoje".



 

Doença como um presente ...

  
No verão de 1988, durante uma partida de tênis,sente uma dor aguda no ombro esquerdo que a obrigou a largar a raquete no chão. Exames clínicos e de internação revelar o diagnóstico infeliz: osteossarcoma (tumor ósseo maligno). Chiara tinha apenas 17 anos.





Sabendo da notícia e voltar para casa, perguntou a sua mãe não fazer perguntas. Eles gastam cerca de 25 minutos de silêncio é o seu "jardim de Getsêmani" ganha graça: "Agora você pode falar mamãe", enquanto, de volta em seu rosto brilhante sorriso sempre. Se Jesus disse e não recuar. 



Meses passam. Nunca um momento de desespero, muitas vezes retorna para a oferta: ". Se você quer que ele, Jesus, eu lso quero" Permanece inalterada a sua confiança em Deus, sem medo ", Deus me ama imensamente."
É um dom. Ele se esquece de si mesma e está pronto para aceitar e ouvir aqueles que se aproximam dele.
Em particular, envia uma última mensagem para os jovens: "Eu gostaria de passar a tocha para você como nos Jogos Olímpicos, porque uma vida vale a pena viver e bem."



A reunião final ...


Ela chama o milagre e se vira para Maria escrever um bilhete: "Mãe Celestial, você sabe como eu queria curar, mas se for a vontade de Deus, eu peço a força para não desistir nunca Humildemente seu Chiara." .

Agora, como eu disse várias vezes, ela estava interessada apenas: "a vontade de Deus para o amor estar em seu jogo". Ela confia nele completamente e pede à mãe para fazer o mesmo. "Quando eu me for, confiar em Deus e segui em frente". Enquanto isso, Chiara Lubich, atribuiu o novo nome de "Luz", "Porque nos seus olhos eu vejo a luz do Espírito Santo", e tudo agora é "Chiara Luz (Clara)."

O tempo passa inexoravelmente: o fim está próximo, está ciente: ". Medicina tem depuseram as armas, agora só Deus pode"

Ela acrescenta: "Se você me perguntar agora a andar de novo, eu diria não, porque eu estou tão perto de Jesus."

Em que há um grande desejo de Paraíso, onde será "muito, muito feliz", e prepara-se para o seu "casamento". Peça para ser vestida de noiva em um vestido branco, longo e simples. Define a liturgia da Missa: escolher as leituras e canções ... As propostas devem ser projetados para crianças pobres na África. Ninguém deve chorar, mas comemorar, porque Chiara encontrar Jesus.

No 04:10 em 7 de outubro de 1990, a festa da Virgem do Rosário, Chiara (Clara) - depois de dizer adeus a sua mãe: "Adeus, ser feliz, porque eu sou" - e vai ao encontro de seu "marido" amado.

No funeral, realizado dois dias depois por "seu" bispo, com a presença de centenas e centenas de pessoas, especialmente dos jovens. Entre a atmosfera é lágrimas de alegria, as canções que se erguem para expressar a certeza de que Deus Chiara está agora na verdadeira luz; 


25 de Setembro de 2010 foi proclamada Beata Pelo Papa Bento XVI em Roma.

Fonte: www.chiaralucebadano.it


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Jogador de futebol italiano: Encontro com Deus me livrou do vício do sexo




ROMA, 23 Out. 12 / 02:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- O jogador de futebol do Catania, Nicola Leggrottalie, afirmou que seu encontro com Deus o ajudou a deixar o vício do sexo e agora deseja servir a Cristo e anunciá-lo aproveitando sua popularidade de atleta.

“Amando Deus eu sinto que o desejo sexual diminui, posso resistir sem ele. Sei que Deus escolheu para mim a pessoa certa, estou somente esperando-a”, afirmou o jogador de futebol evangélico, que recordou que logo depois de seus encontros ocasionais com diferentes mulheres se sentia vazio.

“Eu via uma mulher e a desejava sexualmente”, mas logo depois de havê-la conseguido “não me preocupava com ela e isto me levava a me sentir mal”.

“Possivelmente não teria encontrado Deus se não houvesse ido até o fundo do poço”, acrescentou.

Leggrottalie, que também jogou pela Juventus, disse que aprendeu que o dinheiro e a fama não são suficientes para ser feliz. “Sentia-me incompleto, eu não gostava mesmo. Aprendi por experiência que a dor é um caminho para chegar à felicidade”, afirmou.

Nesse sentido, contou que a mudança chegou graças ao apoio do também jogador de futebol Tomas Guzman e sua esposa, que o ajudaram a olhar atrás. “Comecei a rezar, a ler a Bíblia, e passo a passo percebia que, seguindo as palavras do Evangelho, esse vazio ia sendo preenchido”, expressou.

Leggrottalie relatou que agora suas noites de farra foram trocadas por encontros de amigos para ler a Bíblia e que vive a castidade esperando a mulher que Deus escolheu para ele.

“Eu percebi, durante meu crescimento espiritual, que no futebol não há lugar para Deus e, sobre tudo, que há pouca valentia para sair à luz e dizer o que se pensa. É muito cômodo ser igual a outros para não ter problemas e para que não caçoem de você”, acrescentou.

O jogador de futebol italiano disse que agora deseja aproveitar sua popularidade para “levar a palavra de Deus por todo mundo” e ajudar a duas associações que trabalham na adoção de crianças na África. 


FONTE: acidigital.com

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Santo Inácio de Antioquia

O exemplo do primeiro Bispo de Antioquia encerra toda a doçura e a força com que a Santa Igreja lançou suas divinas raízes ...
Quem já teve a oportunidade de viajar para Roma e conhecer seus antiqüíssimos monumentos - obras-primas da inteligência e da capacidade de nossos ancestrais - certamente terá experimentado uma forte atração ao deparar com o anfiteatro Flaviano, mais conhecido pelo nome de Coliseu.
Sólido e bem edificado, com suas galerias de arcos tipicamente romanos, ele atravessa os séculos, insensível ao tempo, como imagem de um passado que poucos sabem admirar. Com efeito, hoje em dia o Coliseu é objeto da incessante curiosidade dos turistas que o visitam durante todo o ano. Muitos formam intermináveis filas para nele ingressar, com o desejo de fotografá-lo e depois vangloriar-se de ter estado num dos locais mais famosos do mundo; outros percorremno com o mero intuito de constatar seu valor artístico e estrutural; poucos são, porém, os que para lá se dirigem na intenção de rezar.
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"Instigai os animais para que neles encontre o meu sepulcro
e nada reste de meu corpo para não ser pesado a ninguém.
Suplicai a Deus por mim, que por este meio
me torne uma hóstia para Deus"

Santo Inácio de Antioquia sendo devorado
pelos leões Igreja de São
Clemente - Roma
O Coliseu, teatro de crueldades
O imperador Vespasiano, invejoso da afetuosa lembrança que o povo guardava a respeito de César Augusto e sabendo que este, antes da sua morte, prometera construir um imenso anfiteatro que excedesse em esplendor todos os edifícios do mundo, concebeu a idéia de realizar este plano e assim rivalizar em fama com aquele seu predecessor. No segundo ano após sua ascensão ao trono (72 d.C.), Vespasiano iniciou sua obra. Entretanto, também a ele não seria dado ver o objeto de suas ambições, e a morte colheu-o antes de ser completada a construção, que só seria dedicada no ano 80 d.C., por seu filho Tito. Este último teve grande parte na ereção do anfiteatro, empregando nos trabalhos aproximadamente 50 mil prisioneiros, trazidos de sua vitoriosa campanha na Judéia.
Construída especialmente para ser palco daqueles jogos de gladiadores que os romanos tanto apreciavam, a gigantesca mole estava, porém, reservada para servir de quadro a combates de fé e de heroísmo muito mais gloriosos do que desprezíveis eram aqueles espetáculos pagãos! Se os divertimentos do Coliseu deixaram uma mancha no passado por causa das horríveis cenas de crueldade ali representadas, outros fatos, sob o ponto de vista sobrenatural, constituem uma das mais belas páginas da história da Santa Igreja.
Pedestal de bem-aventurados
É com espírito de piedade que deve penetrar no Coliseu o verdadeiro peregrino católico. Bastará permanecer em silêncio por um curto tempo, para perceber os imponderáveis e inverossímeis de fé, força e coragem que habitam sob essas numerosas arcadas. É evocativo esse edifício, no qual cada pedra tem um belo fato para contar e até as gramas e os musgos mais recentes desejariam dizer uma palavra sobre aquele passado feito de sangue, dor e glória. Contemplando mais detidamente essa arena, outrora pedestal de tantos bem-aventurados, podemos ainda divisar os compartimentos onde as feras eram mantidas na fome. Vê-se também ao lado destes as celas que aprisionaram os que hoje constituem uma verdadeira legião, no gozo da visão beatífica. Essas veneráveis ruínas, nas quais refulge um misterioso brilho sobrenatural, parecem cantar, ao longo dos séculos, a célebre frase latina: sine sanguine non fit remissio; lembrando aos homens que, para ser verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, é necessário primeiro segui- Lo até as ignomínias do Calvário para depois participar do triunfo da ressurreição. Sim, foi sobre essas pedras benditas, banhadas de sangue católico, que nasceram as raízes da era em que a filosofia do Evangelho dominou sobre todos os povos.
Ouçamos, pois, atentos, um dos emocionantes feitos que esses valos, essas muralhas e arcadas têm a nos narrar.
Inácio, o Teóforo
Corria o ano 106 da era cristã. O imperador Trajano festejava sua vitória sobre Decébalo, rei da Dácia. Querendo manifestar seu reconhecimento aos deuses, a quem atribuía seu recente sucesso, Trajano organizou uma perseguição contra os cristãos que negassem a existência dessas divindades. Entre os condenados estava um venerável ancião, presa de grande valor, - pois se tratava do bispo de uma das cidades de maior importância naquela época - varão que gozava de muita estima e autoridade entre os fiéis da Ásia Menor, por ter sido discípulo do evangelista São João e designado pelo próprio São Pedro para assumir o cargo naquela Igreja: Inácio de Antioquia.
Segundo uma antiga tradição, o primeiro encontro entre o imperador e Inácio dera-se quando este último, sabendo da passagem do césar por sua diocese, fora apresentar-se voluntariamente a ele. Submetido a um interrogatório no qual Trajano tratou-o de "espírito malvado", respondeu o santo com majestade: "Ninguém pode chamar a Teóforo de espírito malvado". "Quem é o Teóforo ou portador de Deus?" perguntaram-lhe."É aquele que leva a Cristo em seu peito..." Instado pelo imperador para que se explicasse mais sobre essa afirmação, o homem de Deus declarou: "Está escrito: ‘Habitarei e andarei no meio deles'" (2 Cor 6, 16). Assim, por essas palavras, ele mesmo dava testemunho de um milagre que viria a ser confirmado após o seu martírio.
Trajano ordenou, pois, que Inácio fosse acorrentado e conduzido a Roma, sob a custódia de dez soldados, para ali ser lançado às feras no anfiteatro Flaviano.
Dolorosa viagem, desfile triunfal
Grande foi a consternação dos fiéis ao conhecerem a sentença que recaíra sobre seu amado pastor. Ele, pelo contrário, regozijava-se e não deixava de dar graças a Deus por ter sido achado digno de tão grande misericórdia. Já antes da partida, embarcando no porto de Selêucia, a notícia de sua detenção espalhara-se por aquelas regiões e de todas as partes acorriam os cristãos para vê-lo passar e dar um último adeus àquele que os precederia no Reino dos Céus. A dolorosa viagem viu-se, então, transformada em verdadeiro desfile triunfal. Em Esmirna, o bispo São Policarpo, acompanhado de seu rebanho, acolheu- o com manifestações de homenagem e respeito. Também as comunidades de Éfeso, Trales e Magnésia foram- lhe ao encontro em grande multidão, desejosas de pedir sua bênção e testemunhar os padecimentos daquele atleta de Cristo. Ele, de seu lado, não esquecera a missão que o Senhor lhe confiara e continuava a exercer seu ministério, apesar de ter as mãos apertadas por grilhões. A muitos batizou pelo caminho, a outros edificou pelas suas palavras cheias de unção, e a um número incontável inflamou na caridade, arrastando-os com seu exemplo a acompanhá-lo no martírio.
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 A dolorosa viagem transformou-se em verdadeiro desfile triunfal.
Por onde passava as comunidades cristãs iam ao seu
encontro em grande multidão, desejosas
de pedir sua bênção
Seu zelo incansável levou-o a escrever sete cartas, dirigidas àquelas mesmas Igrejas que tão fervorosamente o haviam recebido. Seus escritos, verdadeiros tesouros de doutrina e espiritualidade, podem ser considerados como "a segunda formulação doutrinária cristã" 1.
Zeloso pregador da doutrina
Uma de suas principais preocupações estava na união que os fiéis deviam manter com Jesus Cristo, através da legítima hierarquia: bispos e presbíteros. Assim, exortava ele na carta aos magnésios: "Esforçai-vos por ficar firmes na doutrina do Senhor e dos apóstolos, para que tudo quanto fizerdes tenha bom êxito na carne e no espírito, pela fé e pela caridade, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, com vosso digno bispo e a bem entretecida coroa espiritual de vosso presbitério, juntamente com os diáconos agradáveis a Deus. Sede submissos ao bispo e uns aos outros como, em sua humanidade, Jesus Cristo ao Pai, e os apóstolos a Cristo e ao Pai e ao Espírito, para que a união seja corporal e espiritual." 2 Em outra passagem, aconselhava a seu amigo Policarpo: "Tem cuidado pela unidade, pois nada há de melhor."3
Ao bispo de Antioquia é devida a honra de ter dado à Santa Igreja, por primeira vez, o glorioso título de católica: "Onde estiver o bispo, ali estarão também as multidões, da mesma forma que onde estiver Jesus Cristo, ali estará a Igreja Católica".
4 Também foi ele o defensor de um ponto que só viria a ser elevado à categoria de dogma séculos mais tarde: o parto virginal da Santa Mãe de Deus. Assim escreveu aos efésios: "ao príncipe deste mundo foi ocultada a virgindade de Maria, seu parto e também a morte do Senhor".5 Aos seus caros esmirnenses também afirmava: "Crendo de igual modo que verdadeiramente nasceu da Virgem, foi batizado por João ‘para que nele se cumprisse toda a justiça.'" 6
A doutrina de Inácio era clara e segura; ele a haurira dos lábios daquele discípulo a quem tantos mistérios haviam sido revelados ao repousar a cabeça sobre o peito do Verbo Encarnado e nos longos anos de convivência com Maria Santíssima.
"Procuro aquele que morreu por nós!"
Entretanto, se as cartas deste insigne doutor manifestam toda a riqueza de seu ensinamento teológico, uma outra ainda, aquela enviada aos romanos, deixa entrever o sublime ardor de sua alma, elevada aos píncaros da mais pura mística. Tendo-lhe chegado a notícia de que os fiéis de Roma procuravam interpor toda sua influência para afastar dele a mortal condenação, apressou-se em dirigir- lhes, desde Esmirna, uma comovedora súplica: "Tenho escrito a todas as Igrejas e a todas elas faço saber que com alegria morro por Deus, contanto que vós não mo impeçais. Suplicovos: não demonstreis por mim uma benevolência intempestiva. Deixai-me ser alimento das feras, porque, através delas, pode-se alcançar a Deus. Sou trigo de Deus: que seja eu triturado pelos dentes das feras para tornar-me puro pão de Cristo!
Instigai, ao contrário, os animais para que neles encontre o meu sepulcro e nada reste de meu corpo para não ser pesado a ninguém, depois de adormecer. Então serei verdadeiro discípulo de Cristo, quando o mundo não mais vir sequer o meu corpo. Suplicai a Deus por mim, que por este meio me torne uma hóstia para Deus. [...]
Que nada, tanto das coisas visíveis quanto das invisíveis, segure o meu espírito, a fim de que eu possa alcançar a Jesus Cristo. Que o fogo, a cruz, um bando de feras, os dilaceramentos, os cortes, a deslocação dos ossos, o esquartejamento, as feridas pelo corpo todo, os duros tormentos do diabo venham sobre mim para que eu ganhe unicamente a Jesus Cristo! [...]
Procuro aquele que morreu por nós: quero aquele que por nós ressuscitou. Meu nascimento está iminente. Perdoai- me, irmãos! Não me impeçais de viver, não desejeis que eu morra, pois desejo ser de Deus. [...]
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 Construído para ser palco dos jogos de gladiadores, o Coliseu
estava, porém, reservado para os combates
de fé e de heroísmo dos mártires
Vivo, vos escrevo, desejando morrer. Meu amor está crucificado. Não há em mim um fogo que busque alimentarse da matéria, apenas uma água viva e murmurante dentro de mim, dizendome em segredo: ‘Vem para o Pai!' [...]
Se for martirizado, vós me quisestes bem. Se for rejeitado, vós me odiastes." 7
Expressões de tão heróica caridade só poderiam brotar de um coração tomado pela graça do martírio de maneira superabundante. Com efeito, assim nos explica São Tomás de Aquino: "Entre todos os atos de virtude, o martírio é aquele que manifesta no mais alto grau a perfeição da caridade. Porque tanto mais se manifesta que alguém ama alguma coisa, quanto por ela despreza uma coisa amada e abraça um sofrimento. É evidente que entre todos os bens da vida presente aquele que o homem mais preza é a vida e, ao contrário, aquilo que ele mais odeia é a morte, principalmente quando vem acompanhada de torturas e suplícios por medo dos quais ‘até os próprios animais ferozes se afastam dos prazeres mais desejáveis', como diz Agostinho. Deste ponto de vista, é evidente que o martírio é, por natureza, o mais perfeito dos atos humanos, enquanto sinal do mais alto grau de amor, segundo a palavra da Escritura: ‘Não existe maior prova de amor do que dar a vida por seus amigos.'" 8.
Um lutador resignado só pode ser traidor
Esta excelência da caridade que pervadia o interior de nosso santo, só tendia a crescer à medida em que se sucediam as etapas da viagem que o aproximavam da tão almejada meta. Embarcando no porto de Dirraquio - sempre sob o olhar vigilante dos guardas, os quais ele mesmo chamava de "dez leopardos", a causa dos maus tratos que lhe infligiam - enfrentou uma longa travessia, bordejando o sul da Itália e, por fim, desembarcou em Óstia, a 20 de dezembro do ano 107, último dia das festas públicas que se celebravam em Roma.
Na orgulhosa metrópole dos imperadores comemorava-se ainda o triunfo de Trajano sobre os dácios. Durante 123 dias haviam-se prolongado os espetáculos nos quais morreram 10.000 gladiadores e 12.000 feras. O bispo Inácio era esperado com ansiedade pela turba pagã, pois as vítimas ilustres e de aspecto venerável exerciam maior atração nos jogos circenses. Por isso, os soldados para lá conduziram-no sem demora. Os cristãos receberam-no às portas da cidade, com manifestações de sincera admiração e respeito. Alegravam-se ao vê-lo, mas lamentavam, ao mesmo tempo, que lhes fosse arrebatado tão cedo. Rogaram-lhe, então, que obtivesse de Deus o favor de que algumas relíquias suas lhes fossem deixadas após o martírio. Embora contra sua vontade - pois ele desejava ser devorado por inteiro - o santo varão acedeu bondosamente em fazerse cargo de pedido tão filial.
Arrastando suas cadeias, Inácio atravessou as ruas pavimentadas da capital do império: ao longe podia divisar os imponentes muros do Coliseu dominando o vale, circundado pelos montes Palatino, Esquilino e Célio. Aquele edifício representava para ele o termo de seus anelos, a realização de suas esperanças mais íntimas, a consumação de seu holocausto. Caminhava apressadamente, não com a resignação de um condenado, mas impelido pelos ardores de entusiasmo que não mais cabiam dentro de sua alma, convicto de que o lutador resignado é traidor. Aquele edifício servir-lhe-ia de túmulo e de altar, ao passo que seria o pedestal de onde seu espírito voaria ao céu.
"Desejaria ser triturado como o trigo"
Uma numerosa multidão acorrera ao Coliseu para presenciar o sangrento espetáculo e se deliciar com o destroçamento do corpo do mártir. Este, sereno e alegre, não manifestou a menor vacilação quando as grades foram abertas e entrou no vasto anfiteatro, à espera do trágico momento em que as bestas ferozes fossem soltas. As vaias e os escárnios daqueles pagãos para ele nada significavam. Pelo contrário, eram-lhe uma razão a mais para crer na invisível coorte de bem-aventurados a esperá-lo com uma palma e uma coroa.
Ouve-se um hurra na turbamulta, sucedido por silêncio e um grande suspense: os famintos leões irromperam na arena e, impetuosos, avançaram sobre a pura e inocente vítima para devorá-la. Entretanto, com a majestade e império que possuem as almas tomadas pelo Espírito Santo, o mártir estancou-as a meio caminho, com um simples gesto de mão.
Num movimento solene, ajoelhou-se e, elevando os braços ao céu, clamou em alta voz: "Senhor, aqueles que me acompanharam e que são também vossos filhos, pediram-me que rezasse a fim de que algo lhes sobre deste martírio, para estímulo de sua fé. Eu, porém, desejaria ser triturado como o trigo para vos ser oferecido como hóstia pura. Senhor, fazei a vontade deles e também a minha, eu vos peço".
Após a oração, assistida com estupefação pela horda criminosa e pagã e pelas feras, com respeito, eis que ainda mais grandioso e nobre gesto permitiu a estas últimas sair de seu miraculoso encantamento e dar vazão aos instintos de sua voraz natureza.
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 Vista interna do Coliseu
Em poucos minutos, lá entravam os gladiadores a agrilhoar aqueles animais que acabavam de saciar seu bestial apetite com as carnes de um novo serafim. A arena vazia, o espetáculo terminado, retirou-se vagarosa e frustrada a assistência. Que demonstração de fé e de nobreza haviam presenciado!
"Põe-me como um selo em teu coração"
Os cristãos por ali ainda permaneceram à espera do cair do sol. E quando o manto da noite passou a cobrir a cidade de Roma, penetraram na arena à procura das poeiras tornadas relíquias ao serem embebidas pelo sangue daquele que agora os precedia na glória celeste.
Um milagre! Encontraram intactos um fêmur e o coração! Tomados de sobrenatural entusiasmo, caminharam sem medir distâncias, rumo às catacumbas e depois de algumas horas, constataram, à luz das lamparinas, outro milagre: num círculo, as veias e artérias do coração do santo mártir, constituíam as célebres palavras: Iesus Nazarenus, Rex iudeorum.
Inácio, o Teóforo, o portador de Deus, atestara seu nome com aquele comovedor prodígio. Seu coração amante fora subjugado e modelado pelo Amado, segundo aquele pedido do Cântico: "Põe-me como um selo em teu coração" (Ct 8, 6). Nem as tribulações, nem as correntes, nem os suplícios, nem a própria morte o haviam podido separar do amor de Cristo. Por sua santa vida, rica em pregações, em caridade e exemplos, assemelhara-se ao Divino Mestre, imitando- o enquanto verdadeiro Pastor das ovelhas. Por sua generosa entrega levada ao extremo da imolação, alcançara para sempre aquela "única coisa necessária" (Lc 10, 42): o convívio eterno com Aquele a quem só procurara na Terra, Jesus!
A este santo varão de Deus bem poderiam ser aplicadas as belas palavras de um autor medieval: "Forte é o amor, que tem poder para privarnos do dom da vida. Forte é o amor, que tem poder para restituir-nos o gozo de uma vida melhor. Forte é a morte, poderosa para despojar-nos do revestimento deste corpo. Forte é o amor, poderoso para nos roubar os despojos da morte e no-los entregar de novo.
Forte é a morte, a ela o homem não pode resistir. Forte é o amor que pode vencê-la, embotar-lhe o aguilhão, travar- lhe o ímpeto, quebrantar-lhe a vitória." 9
E uma vez mais caiu a noite sobre a grandiosa mole do Coliseu. As areias do circo pagão, regadas pelo sangue daquele que portara a seu Redentor no peito, transformaramse de novo em campo arado e fértil, de onde germinariam muitos outros filhos da Esposa Mística de Cristo.(Revista Arautos do Evangelho, Out/2007, n. 70, p. 32 à 37)
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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Nossa Senhora Aparecida

Os três pescadores, Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João, encontraram a imagem da Virgem. Primeiramente, na rede de João Alves apareceu o corpo da imagem, e depois, mais abaixo, a sua cabeça!
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Felipe Pedroso, por ser o mais velho, levou para casa a imagem diante da qual ele e a família começaram a rezar. Aos poucos o povo começou a afluir em grande quantidade à pequena casa do pescador, a fim de pedir graças e milagres à Virgem que "apareceu" nas águas do rio. Assim começou a devoção à Padroeira do Brasil.
Nos dias de hoje, quando entramos na sala dos milagres da majestosa Basílica de Aparecida e vemos todas as manifestações de gratidão dos peregrinos e devotos, nos vêm à mente todos os favores que a Mãe da família brasileira concedeu a seus filhos ao longo de quase três séculos.... Nos momentos de aflições e dificuldades, nas horas tristes e sofridas, Maria sempre ouviu as preces do povo brasileiro.
Temos a firme convicção de que hoje, mas até do que no passado, a intercessão e o amparo de nossa Padroeira são urgentes e necessários. Peçamos, pois, a Nossa Senhora da Conceição Aparecida que abençõe e proteja a família brasileira para que nela habitem a fé, a esperança e a caridade, e para que ela possa se mirar de exemplo da Sagrada Família de Nazaré.
O Conde, os pescadores e uma imagem
Rezam as cronicas da época, que em 1717 Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar, Governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, com grande comitiva, viajou de navio da Corte a Santos. Daí, a cavalo subiu até São Paulo, onde tomou posse do governo, e seguiu rumo à minas de ouro.
Em Guaratinguetá, permaneceu de 17 a 30 de outubro. O Conde foi recebido com a pompa e a circunstância possíveis, incluindo suculentos banquetes em que os habitantes lhe proporcionaram o melhor da culinário local.
Não podendo faltar os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul, a Câmara Municipal, convocou os mais experientes pescadores para lançar as redes, pois era necessário boa quantidade de peixes. Domingos Alves Garnossa_senhora_aparecida1.jpgcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos e tio de João, entre outros, puseram as mãos no remo. Mas, por mais que se esforçassem, os animais aquáticos não queriam aparecer. Apareceu, sim, na rede de João Alves, primeiramente o corpo da pequena imagem de Nossa Senhora, e depois, mais abaixo, sua cabeça1
Isso será um sinal? Católicos zelosos que eram, guardaram na canoa o precioso achado, e continuaram lançando as redes.
Surpresos, viram repetir-se o fato dezoito séculos atrás no mar da Galiléia: a canoa se encheu de tanto peixe que quase afundou! Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, em boa hora aparecida no rio, na altura do Porto de Itaguaçu.
O que ocorreu "em todas as condições para ser a descrição de um fato real, um milagre (...) É certo que, para aqueles pescadores, acontecera algo de extraordinário, tanto assim que recolheram os dois pedaços da imagem e os guardaram. Sem dúvida, houve um sinal visível de Deus e os pescadores acreditaram nele.
O milagre das velas e outros prodígios
Felipe Pedroso, por ser o mais velho, levou para casa a imagem , diante da qual ele e a família começaram a rezar, dando início a uma sequência de fatos extraordinários que se repetiram até hoje.
O primeiro milagre atribuído à imagem se deu numa noite serena e silenciosa: enquanto a família e vizinhos "cantavam o terço", duas velas se apagaram sem que ninguém as soprasse, e se acenderam sem que pessoa alguma colocasse fogo nelas.
A luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora.
Era costume, naquela época de robusta fé, as famílias vizinhas se reunirem aos sábados para rezar o terço e outras orações, e entoar cânticos em louvor da Imaculada Conceição de Maria. Nessas reuniões familiares, além do relatado acima, houve várias manifestações extraordinárias: o nicho com a imagem passou a tremer, esta quase caiu e as velas se apagaram; no móvel onde se encontrava a imagem, várias pessoas ouviram estrondos, repetidas vezes.
Tesouro para o povo brasileiro
Além dos três pescadores já citados, há outras pessoas muito relacionadas com os primeiros fatos da devoção à imagem, e são citados em documentos daquele tempo: Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, mãe de João e irmã de Felipe; Atanásio Pedroso, milagre_velafilho de Felipe, e Lourenço de Sá. Todos eles viviam na região do encontro da imagem, e com suas famílias, foram os primeiros a lhe prestar culto.
A imagem peregrinou durante bom tempo pelas casas dos pescadores, até se fixar em Itaguaçu, lugar do seu encontro, na residência de Atanásio Pedroso, que construiu-lhe um oratório e um altar de madeira, onde, todos os sábados, grupos de famílias iam rezar o terço. Era a maneira de a devoção popular mostrar seu amor e gratidão à excelsa Mãe e suplicar-Lhe proteção. Concomitantemente foram aparecendo adornos na imagem, como mantos e coroas, cada vez mais elaborados à medida que aumentavam os devotos.
Em Itaguaçu, Atanásio Pedroso recebeu de seu pai a imagem como legado da família. Percebe, no entanto, anos depois, que ela não mais lhe pertencia (...) Ao lhe construir um oratório e um altar, Atanásio mal se dava conta que estava entregando seu tesouro para o povo brasileiro. Daí em diante a imagem não seria objeto de uma devoção familiar apenas, mas sim do culto de uma Nação. Devoção esta que marcaria profundamente sua religiosidade e contribuiria para conservar a fé e sua fidelidade à Igreja.
A imagem representa a Imaculada Conceição, é de terracota, medindo 38cm., mas nunca se soube ao certo qual sua origem. Sendo uma escultura artesanal, tem nos lábios um discreto sorriso, no queixo uma covinha; flores prendem-lhe os cabelos, e um diadema com três pérolas enfeita-lhe a testa. A seus pés a meia lua e a cabeça de um anjo, na descrição de Mafalda Boing.
A capelinha
Os milagres reforçaram enormemente a nova devoção popular, já com a invocação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
As casas ficaram pequenas para os muitos devotos, e com o apoio decisivo do Padre José Alves Vilela, Pároco da Paróquia de Santo Antônio, de Guaratinguetá, foi construído uma capelinha, Era situada no milagre_escravoItaguaçu, à beira da estrada, num importante entroncamento por onde passavam constantemente caravanas de viajantes. Isso favoreceu a divulgação dos prodígios, aumentando rapidamente o número de devotos.
Mas o fator decisivo mesmo era o lenitivo espiritual. "Formou-se a religiosidade dum povo, que invocando-a sentiu que a chama de sua fé, à semelhança da chama das velas do primitivo oratório, sempre se reacendia novamente com as graças e os dons recebidos".
Correntes da escravidão se estatelam no chão
Assim como São Pedro na prisão teve as correntes arrebentadas e foi libertado (At 12, 3-7), no final do século dezoito "um escravo fugitivo, qie estava sendo conduzido de colta à fazenda pelo patrão, ao passar diante da capela, pediu-lhe que permitisse subir até à igreja para fazer oração. Enquanto estava em oração diante da imagem, as correntes se soltaram de seu pescoço e de seus pulsos, caindo por terra. Comovido com o sucedido, o fazendeiro o resgatou, depositando no altar o preço do escravo, e o conduziu para casa como um homem livre"
A queda das pesadas correntes que prendiam o escravo Zacarias pelo pescoço e pelos pulsos é um eloquente testemunho do poder de intercessão de Maria Santíssima para desatar das prisões do pecado as pessoas arrependidas.
Devoção mariana, igreja, povoado
Tal como o caminhar da gota de azeite na folha de papel, a devoção mariana sob a nova invocação foi ganhando espaço no mapa brasileiro. Isso significava mais romeiros apinhados na tosca e pequena capela.
E sinalizava, por outro lado, que já havia chegado a hora de se conseguir a aprovação episcopal do culto a Nossa Senhora Aparecida, bem como autorização para se construir sua igreja. O zeloso Pe. Vilela se pôs a campo, conseguindo as ditas licenças, e o novo templo foi levantado no Morro dos Coqueiros, sendo inaugurado em 1745, apenas 28 anos após o encontro milagroso da imagenzinha.
De casa nova, nossa Santa continuou a acolher as famílias devotas: adultos, jovens, crianças, gente simples, gente importante. Até a Princesa Isabel, o Conde d'Eu, seu marido e os três filhos se associaram às Marias, aos Josés, aos Manuéis, às Aparecidas que começavam a surgir, para saudar a augusta Anfitriã, beijando a imagem e rezando o terço a seus pés. Como quem procura a Mãe encontra também o Filho e José, era a sagrada Família de Nazaré acolhendo as famílias brasileiras!
Mas algumas não se contentaram só com visitas. Optaram por morar pertinho da Mãe, surgindo assim o povoado "Capela da Aparecida!, hoje cidade de Aparecida. O já citado Pe. Vilela testemunha que a Virgem favoreceu a todos os moradores com muitas graças capelinhae milagres. Em 1748 sacerdotes pregadores destacaram que os frutos das missões nesse povoado foram dos melhores: "(...) a alegre e jubilosa esperança de salvação que todos encontram em cristo pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida.
Romarias de todas as partes
As romarias que se iniciaram no tosco oratório do Porto de Itaguaçu continuaram a partir de 1745, na igreja do Morro dos Coqueiros, que a voz do povo batizou de santuário, bem antes de "pais e filhos, parentes e amigos, vinham unidos no mesmo propósito de honrar e venerar a querida Imagem".
Personalidades estrangeiras de destaque, como o cientista alemão Karl von Martius, o botânico francês Augusto de Saint Hilaire e o jornalista português Emílio Zaluar, deixaram depoimentos escritos, atestando a existência das romarias e o consequente poder de atração da imagem. Em 1861, Zaluiar "notou a fé e a alegria contagiante da multidão dos peregrinos. E deu a razão, escrevendo: "A imagem de Nossa Senhora Aparecida, que refulge no altar-mor, parece sorrir a todos os infelizes que a invocam, e a quem jamais negou consolação e esperança."
Em 1884, a 4 de janeiro, o jornal "Correio Paulistano" estampou matéria sobre as romarias oriundas de todo o Império, ressaltando o articulista as saudades que ele sentia do tempo de menino, participando daquelas pias viagens junto com sua família: "Antigamente as Romarias à Capela da Aparecida tinham muito de pitoresco; eram as famílias que se moviam lentamente com os filhos pequenos, os pagens, os camaradas, as mucamas, e o armazém ambulante às costas dos cargueiros". E observa que, com as mudanças nos hábitos causadas pela estrada de ferro, "acabou-se o encanto daquelas pias viagens".
A nova devoção, refúgio para o povo
O sentido espiritual das idas à Capela era muito marcante. Buscava-se curas físicas, é verdade, mas o principal motivo era a devoção, o cumprimento de promessas, exteriorizados com gestos e atitudes: beijar a imagem, aproximar-se de joelhos até o altar, limpar a igreja, percorrer de joelhos a rua que dá acesso à mesma, viajar em silêncio, observar jejum, dar esmolas ou jóias à Capela, ajudar os pobres.
Costume curioso: pessoas de posses faziam a promessa de dar a Nossa Senhora um de seus escravos, caso alcançasse a graça desejada. Conseguido o favor, o cativo era libertado e ficava fazendo, de muito bonossa_senhora_aparecida5.jpga vontade, trabalhos agrícolas ou outros para o Santuário; alguns que tinham dotes musicais abrilhantavam as cerimônias, pois chegavam a ser organistas "de orelha" ou seja nunca ter estudado música".
Em 1897, um douto sacerdote, Pe. Valentim von Riedl dá esse importante testemunho: "É comovente verem´se senhores e senhoras assistirem de joelhos até três missas em cumprimento de promessa; mais ainda, quando se arrastam de joelhos até o altar da Virgem, ou varrem a igreja, ajuntando as ricas senhoras na ponta de seus longos vestidos o lixo e levando-o para fora. D e fato é uma fé viva e filial, havendo casos de família se privarem de tudo para dar a Nossa Senhora, (...) uma devoção generosa, um amor pronto aos sacrifícios". E continua seu comentário, ressaltando a influência do culto na vida do povo, afirmando que Maria domina de fato, como Senhora, toda região, e que "esse amor e essa devoção foram a proteção contra a descrença e se tornaram o filão de ouro de sua perseverança na fé católica. Sem esta devoção, teria o povo caído na mais completa indiferença religiosa (...) A razão fundamental, porém, foi a mensagem de esperança e salvação que a Mãe de Deus comunicava a seus filhos abandonados e carentes de assistência religiosa (...) o povo se refugiou na devoção a Nossa Senhora Aparecida.
Historicamente - segundo o Pe. Brustoloni - essa falta de assistência religiosa se deveu, pelo menos em grande parte, ao fato de que o Estado, durante quase um século, interferia nos assuntos da Igreja do Brasil, limitando-lhe a liberdade. O governo das dioceses, paróquias e ordens religiosas, bem como a formação de novos sacerdotes ficaram prejudicados, o que dificultou o desabrochar da vida cristã do povo.
Citemos dois exemplos da própria Capela da Aparecida:
1) o dinheiro das generosas esmolas dos devotos era administrado por funcionários do governo, pois estes detinham a gerência da capela.
2) Passaram-se 50 anos sem que fosse pregada nenhuma missão.
Missionários alemães põem a casa em ordem...
Após 1889 foi normalizada essa situação, e pôde-se iniciar a renovação na fé e na disciplina, tão almejada pela Igreja. Como os sacerdotes eram - pelos motivos expostos - poucos e insuficientemente empenhados na evangelização, os bispos recorreram às congregações religiosas européias.basilica_de_aparecida
E para a Capela de Aparecida, vieram da Alemanha, em 1894, dois padres redentoristas e três irmãos leigos. Com o carisma missionário que lhes é característico, os zelosos filhos de Santo Afonso de Ligório se adaptaram logo Às peculiaridades de nosso povo, e começaram a dar vida nova à comunidade aparecidense. Esta correspondeu às expectativas, tributando-lhes toda admiração e apoio.
Com a chegada dos padres alemães - observa Zilda Ribeiro - tudo mudou no Santuário e na Paróquia de Aparecida. Em 1897 o Pe. Valentim von Riedl escrevia: "Antes da nossa chegada não havia culto organizado, não havia missa diariamente e muito menos se atendiam confissões."
Os metódicos alemães instituíram horários para as missas, confissões e atendimentos, e colocaram ordem nas procissões, etc. Sobretudo tocaram os corações dos fiéis com o pão de uma palavra autenticamente evangélica mais simples, que até os mais rudes entendiam. Seus louvores a Nossa Senhora eram muito apreciados pelo povo.
Os redentoristas reforçados com a chegada de mais colegas fundaram um seminário e puderem promover missões nas cidades e povoados vizinhos, irradiando assim a renovação espiritual sobre o bom povo de Deus.
E sobretudo foram consolidando o Santuário como o nosso mais importante centro de peregrinação, o que desfechou na solene coroação da imagem em 1904. O título de basílica é dado ao Santuário em 1908. Novo templo construído, de 1955 a 1980, sendo chamado de Basílica Nova.
Inúteis manifestações de ódio
Como não poderia deixar de ser, os que não gostam de nossa Mãe celeste deixaram as marcas de seu ódio gratuito.
1 -Um deles foi um homem de Cuiabá, que se dizia ateu, e quis entrar a cavalo na igreja para desafiar Nossa Senhora, mas não conseguiu. As patas do animal grudaram-se nas pedras. Ele pediu perdão a maria e dirigiu-se, contrito, à imagem para rezar. Isso foi em 1866.
2 - A quebra da imagem na Basílica Velha, em 1978, por um jovem protestante, comoveu o País, e só fez aumentar o amor dos brasileiros à sua Mãe, que a reentronizaram com manifestações de fé e entusiasmo.
3 - O sacrílego pontapé que um pastor "evangélico" desfechou numa immilagres_promessasagem de Nossa Senhora Aparecida, em pleno programa televisivo, em 1995, abalou a Nação, mas não a devoção do seu povo.
Torrentes de milagres: os ex-votos
Haja tempo, papel e tinta para relatar os inúmeros milagres e graças obtidos pela intercessão da Senhora saída das águas, para brasileiras e brasileiros de todas as classes, raças e idades. Desde a menina de Jaboticabal, cega de nascença, que ao chegar diante da Capela de Aparecida, em 1874, passa a enxergar e diz: "Mamãe, que bonita igreja!" até a mulher que foi curada de trombose em São Paulo, em 1984.
Mas quem quiser ler esse relato, vá até enorme Salão das Promessas, e consulte o livro sem palavras que existe lá: os milhares de ex-votos, ou sejam objetos que exprimem gratidão pelos milagres acontecidos. Aqui, um par de muletas, inúteis agora ao antigo usuário; lá, a escultura de um braço miraculado; acolá, peça de carro do acidente fatal que não matou; ao lado, desenho de uma máquina quase assassina.
Quantos dramas envolvendo famílias inteiras, que nossa Mãe Aparecida solucionou, "estendendo seu olhar sobre nós e nosso lar". Saibamos ver os oceanos de misericórdia que estão por detrás desses ex-votos.
Os Papas e Aparecida
Com alegria mencionamos que a instituição de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil foi feita pelo Papa Pio XI em 1930. E que o Papa Paulo VI, em 1967, lhe ofertou uma rosa de ouro.
Além dos milhares de peregrinos que por lá passaram, inúmeras foram as personalidades importantes que vieram se ajoelhar aos pés de nossa querida Mãe e pedir graças. Entre estas, ao mesmo tempo que rezaram, prestigiaram o Santuário com suas honrosas presenças, os Papas:
João Paulo II, que veio em julho de 1980, e nos deixou esse precioso testemunho: "Aqui pulsa, há mais de dois séculos, o coração católico do Brasil. Meta de incessantes peregrinações vindas de todo o país, Aparecida é como disse alguém, a "capital espiritual do Brasil".nossa_senhora_aparecida8.jpg
Bento XVI que, falando à nossa juventude em maio de 2008, enfatizou: "Sede homens e mulheres livres e responsáveis; fazei da família um foco irradiador de paz e de alegria; sede promotores da vida, do início ao seu natural declínio".
Conclusão: confiar e Orar
O que está por trás do poder de atração dos santuários marianos? O esplendor das cerimônias? A beleza das imagens?
Alguns santuários tem origem em aparições de uma senhora esplendorosa, que traz para o povo mensagens, fonte de águas milagrosas ou a própria efígie estampada em tecido. E até cenas grandiosas, como a dança do sol presenciada por uma multidão. Mas, por que Aparecida atrai tanta gente? A imagem é pequena e simples, achada num rio, sem nenhuma mensagem nem nada.
Você, que acabou de ler estas linhas, ou você, que conhece a Sala das Promessas em Aparecida, facilmente encontrará a explicação: paralíticos que passam a andar, surdos que recuperam a audição, cegos livres da cegueira, etc. São milhares de depoimentos em forma de ex-votos, carregados de gratidão a nossa Mãe Aparecida!
Mas, não é para menos, pois Ela aprendeu numa escola divina, a escola de Jesus que passou a vida fazendo o bem. Ou seja, é mais uma prova do poder divino, que através de uma simples e rústica imagem de Maria, realiza prodígios!
Prova também a predileção por nosso povo, por nossas famílias. E é uma garantia de que Nossa Senhora Aparecida continuará protegendo a todos os habitantes deste imenso Brasil, sejam quais forem os problemas pessoais ou de outro gênero que tenhamos que enfrentar. A palavra confortadora é confiança! (A Padroeira, os milagres e as famílias, Pe. Luiz Alexandre de Souza)
Oração:
Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam Vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam. Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego, e sobretudo do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude. E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: "Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!" Amém.