Gostaria
de aqui fazer referência ao “anulus piscatoris”, ou seja, ao Anel do
Pescador. Ao longo dos séculos até ao início do pontificado do Papa
Bento XVI, o Anel do Pescador sofreu várias transformações até assumir a
forma de um selo no qual está escrito o nome do Pontíficie e no centro
está representada a imagem de São Pedro que na barca lança as redes para
pescar. Como o nome diz, originariamente tratava-se do anel com o qual o
Papa punha o seu selo nos documentos. A partir da 2ª metade do século
XIX, o Anel do Pescador perde a sua forma de anel para assumir a de um
simples selo.
O
Anel do Pescador dos Papas, apesar de já não ser utilizado e ter
perdido a forma de anel, manteve-se até aos nossos dias como testemunho
da origem simbólica do selo que desapareceu no século X com o anel
episcopal.
Depois do Concílio Vaticano II, o anel episcopal do Bispo de Roma, deixando a pedra preciosa de cor, assumiu uma forma mais simples, correspondendo mais à nobre simplicidade que o Concílio ansiava. Assim, o anel do Papa era igual ao anel dos outros bispos. Por exemplo, o Papa João Paulo II usou sempre o anel que recebeu das mãos do Papa Paulo VI no dia 26 de Junho de 1967, quando se realizou o Consistório no qual foi nomeado cardeal.
Com o início do ministério petrino do Papa Bento XVI, foi repensada a forma do anel do Papa. Surgiu o desejo de que o anel episcopal do Papa, mantendo a forma e a simplicidade actual comum aos anéis de todos os bispos, fosse dotado de algo para indicar que quem o usa é Sucessor do Apóstolo Pedro. Assim, o Anel do Pescador recuperou a forma de anel com a representação do pescador da Galileia e com a gravação do nome do Papa. O Anel do Pescador é, actualmente, um dos sinais fortes que exprime o “munus” específico do Sucessor de Pedro. O Anel do Pescador, como também o Palio, foi entregue solenemente ao Papa Bento XVI na celebração do início do Pontificado no dia 24 de Abril de 2005.
fonte: dominusvobis.blogspot.com.br
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