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Santa
Catarina de Sena, reconhecida como Doutora da Igreja, era de uma enorme
e pobre família de Sena, na Itália, onde nasceu em 1347.
Voltada
à oração, ao silêncio e à penitência, não se consagrou em uma
congregação, mas continuou, no seu cotidiano dos serviços domésticos, a
servir a Cristo e Sua Igreja, já que tudo o que fazia, oferecia pela
salvação das almas. Através de cartas às autoridades, embora analfabeta e
de frágil constituição física, conseguia mover homens para a
reconciliação e paz como um gigante.
Dotada
de dons místicos, recebeu espiritual e realmente as chagas do Cristo;
além de manter uma profunda comunhão com Deus Pai, por meio da qual teve
origem sua obra: “O Diálogo”. Comungando também com a situação dos
seus, ajudou-o em muito, socorrendo o povo italiano, que sofria com uma
peste mortífera e com igual amor socorreu a Igreja que, com dois Papas,
sofria cisão, até que Catarina, santamente, movimentou os céus e a
terra, conseguindo banir toda confusão. Morreu no ano de 1380,
repetindo: "Se morrer, sabeis que morro de paixão pela Igreja".
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A
vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em
responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os
Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe
proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do
inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante
atraia o coração de Aquino.
Diante
da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a
viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro
dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos
servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe,
um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da
vocação, mas nada adiantou.
Livre
e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do
mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma
forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar,
aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de
Deus.
Pregador
oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre
tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado
"Doutor Angélico", Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o
testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.
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São
João da Cruz. Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais,
Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva
teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos:
Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era
criança. Como João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se
inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em
1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro
comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.
Com 21 anos,
sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual
pede o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos
hospitais, servindo de enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado
de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi
destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em
Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali, estudou Artes e
Teologia. Foi nesse colégio nomeado de "prefeito dos estudantes", o que
indica o seu aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em
1567 foi ordenado sacerdote.
Desejando
uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para
ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a
reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D'Ávila, a qual havia recebido
autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na
reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras
resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo,
até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em
Deus, todos as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos.
Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para
trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de
uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos
homens.
Pregador,
místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma
penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado
no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja.
Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite
escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado);
Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário
que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas
desordens sob todos os aspectos.
São
João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o
representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre
da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi
adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava
muito longe.
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Bispo
e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus
tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no
norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã
Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de
Deus.
Aconteceu
que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém,
preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto
nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se
membro da seita dos maniqueus.
Com
a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos,
principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em
Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de
Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e
famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra
anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O
seu processo de conversão recebeu um "empurrão" quando, na luta contra
os desejos da carne, acolheu o convite: "Toma e lê", e assim encontrou
na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por
Jesus:"...revesti-vos do Senhor Jesus Cristo...não vos abandoneis às
preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências".
Santo
Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430),
converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo
Ambrósio. Depois de "perder" sua mãe, voltou para a África, onde fundou
uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade.
Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio,
apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.
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Santa Teresa de Ávila
(também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila,
na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim
que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos
mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde
muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à
vigilância dos pais. Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila, onde
viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas,
parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro
biográfico. Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo
sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao
fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma
espiritualidade modelo. Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual
São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte
masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a
orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde
abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou pela fundação do Carmelo
de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para todas as direções
da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Provocou
com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a
vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter
temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou
fundar novas casas.
Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas,
principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da
Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A
Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67
anos, e em 1622 foi proclamada santa. O seu segredo foi o amor.
Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o
fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz.
Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse
uma das últimas palavras: "Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como
filha da Igreja Católica quero morrer". No dia 27 de setembro de 1970 o
Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa
litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um
dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e
livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta
inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e
atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo
Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como
patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em
muitos de seus escritos.
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Bispo
e Doutor da Igreja. De nobre e distinta família romana, nasceu
provavelmente em 339, em Tréviros, onde seu pai exercia o cargo de
prefeito das Gálias. A mãe ficou viúva muito cedo e voltou a Roma com
três filhos: Marcelina, que se consagrou a Deus e tomou o véu das
virgens; Sátiro, que morreu em 378, depois de exercer altos cargos do
Estado; e Ambrósio, o último, que seguiu a carreira diplomática,
tradicional na família. Ambrósio desde cedo aprendeu a alimentar as
virtudes cívicas e morais, ao ponto de ter sido governador da Emília, do
Lácio e de Milão, antes de ser Bispo. Estudou Direito antes de estudar
Teologia.
A mãe
de Ambrósio devia ser cristã praticante e generosa. O Papa Libério
(352-366) impôs pessoalmente o véu à filha dela, Marcelina, e parece que
visitava a casa da nobre senhora romana. Todos da família beijavam a
mão de Libério. Ambrósio, ainda criança, depois de se despedir do
Pontífice, tratou de imitá-lo e estendeu a mão aos criados e à irmã,
para que a beijassem. Marcelina recusou-a com bons modos mas ele
respondia: "Não sabes que eu também hei-de ser Bispo?" Dizia então
Ambrósio, por brincadeira, mais do que sabia. No entanto, era para isso
que a Divina Providência o destinava. Ambrósio era governador de Milão.
Com a morte do Bispo de Milão, chamado Ariano, Ambrósio foi para a
eleição do novo Bispo, a fim de evitar grandes conflitos. Em meio a
confusão, de repente uma criança grita: "Ambrósio, Bispo!". O Clero e o
povo aderiu e todos aclamaram: "Queremos Ambrósio Bispo!". O povo teve
que teimar durante uma semana, até que vendo nisto a voz de Deus,
Ambrósio que ocupava alto cargo no Império Romano e somente era
catecúmeno, cedeu a vontade do Senhor. O 1° Concílio de Niceia (325)
tinha proibido que subisse ao Episcopado qualquer neófito. Mas o Papa e o
Imperador aprovaram a eleição. Depois de batizado, foi ordenado
sacerdote e logo em seguida Bispo de Milão. Tudo isso no ano de 374.
Providencialmente
usou as qualidades de organizador e administrador para o bem da Igreja,
podendo assim atuar no campo pastoral, político, doutrinal, litúrgico,
ao ponto de merecer o título de grande Doutor e Padre do Cristianismo no
Ocidente. Sua figura política ficou marcante, principalmente quando
aplicou ao Imperador uma dura penitência pública comum, pois teria
Teodósio consentido uma invasão à cidade de Tessalônica, que resultou na
morte de muitos. À Imperatriz Justina, que desejou restaurar a estátua
da deusa Vitória, opôs-se valentemente enquanto viveu. Santo Ambrósio,
como homem de Deus, partilhou sua riqueza material e espiritual com o
povo; jejuava sempre; pai carinhoso e tão grande orador que teve papel
importante na conversão de Santo Agostinho. Deixou muitos escritos e
morreu com 60 anos no ano de 397, após 23 anos de serviço ao seu amado
Cristo, com estas palavras: "Não vivi de tal modo que tenha vergonha de
continuar vivendo; mas não tenho medo de morrer, porque temos um Senhor
que é bom".
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"Patrono
dos confessores e teólogos de doutrina moral". Afonso Maria de Ligório
nasceu em Nápoles, na Itália, em 1696, numa nobre família que, ao saber
das qualidades do menino prodígio, proporcionaram-lhe o caminho dos
estudos a fim de levá-lo à fama.
Com
16 anos doutorou-se em direito civil e eclesiástico e já se destacava
em sua posição social quando se deparou, involuntariamente, sustentando
uma falsidade, isto levou Afonso a profundas reflexões, a ponto de
passar três dias seguidos em frente ao crucifixo. Escolhendo a renúncia
profissional, a herança e títulos de nobreza, Santo Afonso acolheu sua
via vocacional, já que o Senhor o queria advogando as causas do Cristo.
Santo
Afonso Maria de Ligório colocou todos os seus dons a serviço do Reino
dos Céus, por isso, como sacerdote, desenvolveu várias missões entre os
mendigos da periferia de Nápoles e camponeses; isto até contagiar vários
e fundar a Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Depois
de percorrer várias cidades e vilas do sul da Itália convertendo
pecadores, reformando costumes e santificando as famílias, Santo Afonso
de Ligório, com 60 anos, foi eleito Bispo e assim pastoreou com
prudência e santidade o povo de Deus, mesmo com a realidade de ter
perdido a amizade do Papa e sido expulso de sua fundação.
Entrou
no Céu com 91 anos, depois de deixar vários escritos sobre a Doutrina
Moral, sobre a devoção ao Santíssimo Sacramento e a respeito da Mãe de
Deus, sendo o mais conhecido: “As Glórias de Maria”.
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