Para conseguir recursos para a compra dos remédios, começou a costurar
para fora. Viveu dez anos de luta contra a doença, que só piorava. Em
1928, no transcurso de uma Missão Paroquial de Châteauneuf, Marta
entendeu que por uma graça de Deus, seria pela doença que poderia
unir-se ao Coração de Jesus na Cruz.
Em um dia de dezembro do ano de 1928, MARTHE ROBIN viveu no momento de
receber os sacramentos um encontro decisivo com o coração de Jesus na
Cruz.
Uma vida nova invadiria seu corpo e seu coração. Tudo fazia sentido: a
doença que teria podido conduzí-la a uma lenta e segura destruição de
sua pessoa em
diferentes
níveis se converteu, por paradoxal que pareça, em oportunidade para
outra vida que iria construir-se de modo diferente.
Marta disse que, depois de anos de angústias, depois de tantas
dificuldades de ordem física e inclusive moral, tinha escolhido Jesus.
Marta recebeu do Coração de Cristo, aberto na Cruz, o sentido de sua
vida de doente: unida a Cristo, sua vida converteu-se em uma fonte de
fecundidade para a Igreja e para o mundo.
Marta fez naquele momento a eleição de uma vida conforme à do Jesus Crucificado: “O Coração de Jesus na Cruz é a morada inviolável que escolhi nesta terra”. Seu pároco, Pe. Faure, foi testemunha ocular desse acontecimento e passou a acompanhá-la neste novo caminho.
A vida espiritual e a vida mística de MARTHE ROBIN se desenvolveram
mesma de doente, que se transformou em meio de união e de comunhão,
lugar de oferenda e de abandono. Também passou a viver em comunhão com
Maria Santíssima, sua querida Mãe.
Mesmo prisioneira em seu leito até a morte, o desejo de apostolado apoderava-se dela: “Estou verdadeiramente ávida, tenho realmente fome de trabalhar para o Amor e a Glória de Deus”.
Residência de Marhe Robin
Um dos visitantes sacerdotes ficou impressionado por sua abertura universal: “A janela de sua pequena habitação estava aberta ao mundo inteiro”.
Pais de Marthe Robin: Her father Joseph and Her mother, Amelie-Celeste Chosson
Em 1933 nasceu o Foyer de Charité, uma comunidade formada por leigos e
sacerdotes vocacionados a viverem juntos a Palavra de Deus, anunciando a
esperança àqueles que procuram Jesus e têm fome de sua misericórdia e
de sua justiça. Tal obra cresceu e se multiplicou por diversos países.
Marta se preocupava com os mais necessitados e fazia confeccionar e
expedir todo tipo de material para as obras missionárias voltadas para
os pobres, doentes e encarcerados.
O segredo de Marta foi alimentar-se da Eucaristia. Durante 53 anos, sua
vida sustentada milagrosamente pela Eucaristia confirmava as palavras do
evangelho de João, capítulo 6, versículo 55:
- “A minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida”.
Marta, durante 53 anos, só se alimentou só da Eucaristia.
Perguntaram a Marta o que sentia às terças-feiras, quando recebia a
Comunhão, seu único alimento e sua única bebida. Ela respondeu:
“Eu não me alimento mais do que isso. Se me
umedecem a boca, não consigo engolir. A hóstia passa, e eu não sei como.
Ela produz um efeito que é impossível descrever. Não se trata de uma
comida comum, é algo completamente diferente. É uma vida nova que
penetra em meus ossos. Como explicar? Sinto Jesus em todo o meu corpo...
como se houvesse ressuscitado”.
“Tenho desejo de gritar aos que me perguntam
se como (verbo comer), e dizer que eu como mais do que eles, porque me
alimento da Eucaristia, o corpo e sangue de Jesus. Tenho desejo de
dizer-lhes que eles impedem a ação desse alimento em suas vidas.
Bloqueiam seus efeitos”.
Que Deus aumente sempre mais a nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia!
Meu Senhor e Meu Deus, eu creio, mas aumentai a minha Fé!!!
ResponderExcluir